Ana Paula Veloso Fernandes, acusada de ser uma serial killer, inscreveu-se no concurso público da Polícia Civil do Rio de Janeiro para o cargo de auxiliar de necrópsia, cujo salário inicial era de R$ 4.606,29, segundo informações do O Globo.

A estudante de Direito tentou uma das 10 vagas disponíveis em 2021, mas não passou na primeira fase, que consistia em duas provas: uma de conhecimentos gerais (Língua Portuguesa e Matemática) e outra específica sobre noções básicas de biologia, anatomia humana e Direito Penal.

Entre as atribuições de um auxiliar de necrópsia está o contato direto com corpos nos Institutos Médico-Legais (IML).

Ana Paula é suspeita de matar quatro pessoas por envenenamento em 2025, sendo três delas com quem ela tinha algum tipo de envolvimento romântico. As mortes ocorreram entre janeiro e maio em Guarulhos (SP), São Paulo e Duque de Caxias (RJ).

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Serial killer de Guarulhos detalha mortes por envenenamento

Ana Paula Veloso Fernandes, conhecida como “serial killer”, relatou em depoimento de três horas os assassinatos de quatro pessoas por envenenamento em alimentos. Apesar de descrever todas as mortes, ela admitiu participação direta em apenas dois casos.

Neil Corrêa da Silva, 65 anos – Morto em abril, em Duque de Caxias (RJ), ingeriu uma “feijoada batida” com chumbinho, veneno ilegal. O crime teria sido encomendado por Michele Paiva da Silva, filha da vítima, com a assistência indireta da irmã gêmea de Ana, Roberta Veloso. Michele foi presa por suspeita de envolvimento.

Marcelo Hari Fonseca – Primeira vítima, morta em janeiro em Guarulhos. Ana Paula teria se mudado para a casa de Marcelo sob pretexto de alugar um quarto e adulterado os alimentos com veneno, motivada por interesse no imóvel.

Maria Aparecida Rodrigues – Morta entre 10 e 11 de abril em Guarulhos. Ana Paula teria usado veneno para incriminar um ex-namorado, mas nega participação direta no crime.

Hayder Mhazres – Morto em 23 de maio na capital paulista após ingerir bebida adulterada com veneno. Motivo seria vantagem financeira, com Ana Paula tentando reivindicar parte da herança alegando gravidez. Ela nega envolvimento direto.


Segundo a investigação, Ana Paula planejava os homicídios usando o código “TCC” e chegou a testar veneno em cachorros antes dos crimes. Sua irmã gêmea, Roberta, é apontada como cúmplice e conselheira nas ações.

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