A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), por meio da Delegacia Especializada em Crimes contra o Consumidor (Decon), deflagrou, nesta terça-feira (18/11), a Operação Consórcio de Papel, que resultou no cumprimento de dois mandados de prisão temporária contra uma mulher e um homem, de 22 e 25 anos. Ambos fazem parte de uma organização criminosa suspeita de aplicar golpes envolvendo falsos consórcios em Manaus.

Além das prisões, a ação cumpriu cinco mandados de busca e apreensão em diferentes zonas da cidade. As investigações apontam que o grupo utilizava indevidamente o nome e a logomarca de uma administradora de consórcios legítima, autorizada pelo Banco Central do Brasil e sediada na avenida Borba, bairro Cachoeirinha, zona sul.

Segundo o delegado Rafael Guevara, as diligências começaram após dez vítimas procurarem a Decon relatando prejuízos financeiros após pagarem valores de entrada para aquisição de supostos bens.

> “O grupo divulgava anúncios, especialmente nas redes sociais, oferecendo imóveis, veículos e outros bens com promessa de crédito fácil. As vítimas acreditavam que receberiam a carta de crédito rapidamente, o que não acontecia”, explicou Guevara.



Durante as investigações, foi descoberto que os suspeitos estruturaram duas empresas fantasmas, registrando CNPJs com nomes semelhantes ao da administradora real. Falsos contratos de adesão eram elaborados usando o nome e a logomarca oficial da empresa verdadeira, passando credibilidade às vítimas.

As prisões ocorreram em um escritório na zona sul. A operação também foi realizada em endereços ligados ao grupo nas zonas oeste e leste de Manaus.

Os detidos vão responder pelos crimes de estelionato, crimes contra as relações de consumo e associação criminosa.

Foragidos

A PC-AM segue à procura de Jhonatan Cunha dos Santos Silva e Rebeca Ingrid da Silva Campos, também investigados pela participação no esquema.

Informações sobre o paradeiro dos dois podem ser repassadas pelos números:
📞 (92) 99962-2731 (Decon)
📞 197 ou (92) 3667-7575 (Polícia Civil)
📞 181 (SSP-AM)
O sigilo do informante é garantido.

Fotos: Beatriz Sampaio e Erlon Rodrigues/PC-AM