Os cemitérios públicos de Manaus receberam, neste domingo (2/11), cerca de 700 mil visitantes durante o Dia de Finados, em um ambiente de tranquilidade, fé e organização. A ação foi coordenada pela Prefeitura de Manaus, por meio da Secretaria Municipal de Limpeza Urbana (Semulsp), que garantiu acolhimento, segurança e conforto aos visitantes com uma ampla estrutura de serviços.

Durante todo o fim de semana, os dez cemitérios municipais — seis na área urbana e quatro na zona rural — receberam missas, cultos ecumênicos, músicas religiosas e mensagens de fé, transformando os espaços em locais de respeito e reflexão. O cemitério Nossa Senhora Aparecida, no bairro Tarumã, concentrou o maior movimento, com mais de 300 mil pessoas.

“Este é um dia de fé e lembrança. A determinação do prefeito David Almeida é que garantíssemos às famílias um ambiente limpo, seguro e digno para prestar suas homenagens”, destacou o secretário da Semulsp, Sabá Reis, que acompanhou a movimentação desde as primeiras horas da manhã.

Ele também reforçou que a conservação das sepulturas é uma responsabilidade compartilhada com as famílias.

“Cuidar do local onde repousa um ente querido é um gesto de amor e respeito que precisa ser mantido por todos”, completou.

Trabalho integrado e preparação antecipada

Mais de mil servidores municipais participaram da operação especial de Finados, envolvendo equipes da Semulsp, IMMU, Guarda Municipal, Semsa, Semacc, Semmas e Semasc.

O subsecretário da Semulsp, Laurimar Costa, explicou que a preparação começou semanas antes, com ações de limpeza, capina, drenagem e reparos estruturais.

“Cada detalhe é planejado com antecedência, desde a poda até o abastecimento de água e o lanche das equipes. É um esforço conjunto para que a população encontre um espaço limpo e acolhedor para viver este momento de lembrança”, afirmou.

A ação contou com apoio da Águas de Manaus, que instalou pontos de hidratação e distribuiu água mineral aos visitantes. Voluntários da Igreja Adventista do Sétimo Dia e de outras instituições religiosas também ofereceram orações e palavras de conforto às famílias.

Mensagens de fé e emoção

Entre as alamedas floridas do cemitério Nossa Senhora Aparecida, histórias de saudade e esperança se repetiram.
A evangelista Consuelo Silva, da Igreja Universal do Reino de Deus, conduzia o projeto “Consolador”, levando orações e conforto espiritual aos visitantes.

“Estamos aqui para fortalecer quem sente a dor da perda. A verdadeira força vem de Deus, e nossa missão é lembrar que a saudade pode se transformar em esperança”, disse.

A moradora Socorro Maria de Souza, da Colônia Antônio Aleixo, destacou a organização do espaço.

“O cemitério está limpo, bem cuidado, organizado. Dá gosto de vir visitar. A gente sente o carinho no trabalho da prefeitura”, afirmou emocionada.

Já Iriete Farias e seus irmãos se reuniram para homenagear os pais e filhos falecidos.

“É um dia para estarmos juntos, lembrando com gratidão e esperança”, contou.

No mesmo local, Maria Desterro Mendes reuniu filhos e netos ao redor do túmulo do marido falecido há sete anos.

“Todo ano a gente vem prestar homenagem, pedir perdão e fazer promessas. É um encontro da família com a memória”, disse.

Maior campo-santo da capital

Com 105 hectares, o cemitério Nossa Senhora Aparecida é o maior da capital e abriga mais de 250 mil sepultados, incluindo 4.600 vítimas da pandemia. Desde 2023, o local também conta com o cemitério vertical, onde já foram realizados mais de 8 mil enterros.

📸 Fotos: João Viana / Semcom