Jessica Santos foi presa nesta quinta-feira (23/10), suspeita de repassar informações privilegiadas aos executores do homicídio de Júlio César. A informação foi confirmada pela Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), que aponta a participação dela no monitoramento dos deslocamentos da vítima antes da execução.

De acordo com o delegado Ricardo Cunha, responsável pelo caso, Jessica manteve contato direto com os autores do crime e informou detalhes sobre os trajetos de Júlio César — desde sua chegada de barco ao porto de Manaquiri, por volta das 16h, até o momento do assassinato. O delegado afirmou que novas informações serão apresentadas em coletiva de imprensa.

O crime aconteceu na noite de 1º de outubro, na entrada do Shopping Ponta Negra, zona Oeste de Manaus. Júlio César estava acompanhado da ex-companheira, da atual esposa e das duas filhas menores quando foi surpreendido por um atirador. Ele tentou correr para dentro do shopping, mas não resistiu aos ferimentos e morreu antes de receber atendimento no SPA Joventina Dias.

No dia 15 de outubro, a Polícia Civil deflagrou a Operação Thrasos, que prendeu Eduardo Fernandes Torres, de 25 anos, e Matheus Marreiros de Lima, de 28, apontados como os executores do crime. A identificação dos veículos usados — uma motocicleta Honda Fan e um carro Chevrolet Onix — foi feita por meio do Sistema Paredão, da Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM).

As investigações indicam que o homicídio pode ter ligação com o passado de Júlio César em uma facção criminosa de Manaquiri, da qual ele teria sido expulso e “jurado de morte”. Um dos veículos teria seguido a vítima durante todo o dia, aguardando o momento ideal para o ataque.

Com as prisões já efetuadas e a captura de Jessica Santos, o inquérito aponta homicídio qualificado, por motivo fútil e uso de recurso que dificultou a defesa da vítima, caracterizando uma emboscada. Um terceiro suspeito, Ronaldo Davi Nascimento Mendes, continua foragido.

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