Integrantes da Virada Feminina do Amazonas, lideradas por Cileide Moussallem, participaram de uma grande manifestação em frente à Câmara Municipal de Borba, nesta segunda-feira (6). O ato pediu a cassação da vereadora Elizabeth Maciel, conhecida como Betinha (Republicanos), que declarou em plenário ser “a favor da violência contra a mulher”.

O protesto reuniu dezenas de pessoas e contou com faixas, cartazes e palavras de ordem como “Fora, Betinha!”. Durante o ato, a energia elétrica chegou a ser desligada no trecho onde os manifestantes estavam, em uma aparente tentativa de dispersar o grupo, mas a população resistiu e manteve o protesto com lanternas acesas.

A advogada Adriane Magalhães, defensora dos direitos das mulheres, elogiou o papel de Cileide Moussallem na mobilização.

“Se hoje eu estou aqui, se a Mara tá aqui, é por causa dessa mulher! Cileide Moussallem! Ela não é política, não pretende ser política, mas trabalha em prol das mulheres porque ela ama isso”, afirmou, ao lado da vice-presidente da Virada Feminina, Mara Lima.

Em seu discurso, Cileide repudiou as declarações da vereadora e cobrou providências da Câmara.

“Bater em mulher é covardia sim! E quem incita a violência e sobe na tribuna pra mandar bater em mulher está agredindo todas nós. Isso não pode ficar impune!”, declarou.

Betinha é líder do prefeito Toco Santana na Câmara e, segundo participantes, costuma agir como se fosse “intocável” na política local. A parlamentar já protagonizou uma briga física com outra vereadora em 2012 e acumula um histórico de polêmicas.

Entenda o caso

O episódio que motivou a revolta ocorreu em 29 de setembro, durante uma sessão ordinária na Câmara de Borba. Na ocasião, Betinha declarou publicamente:

“Eu aprovo, eu sou a favor da violência contra a mulher. Sim, quando o homem bate na mulher, eu aprovo. […] Tem mulher que merece apanhar.”

O discurso, gravado em vídeo, viralizou nas redes sociais e provocou indignação nacional. Após a repercussão, movimentos sociais e cidadãos de Borba foram às ruas exigir a cassação da vereadora.

O recado dos manifestantes foi claro e uníssono:

“Nenhuma mulher merece apanhar — e quem defende violência não merece mandato.”

Reprodução: Portal e TV CM7 Brasil

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