O rapper Oruam, nome artístico de Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, foi oficialmente tornado réu por tentativa de homicídio qualificada contra policiais militares. A decisão foi tomada pela juíza Tula Correa de Mello, da 3ª Vara Criminal do Rio de Janeiro, após aceitar a denúncia do Ministério Público do Estado (MPRJ).

O artista, conhecido por hits nas plataformas digitais e grande influência entre os jovens, já estava preso preventivamente por outros sete crimes. Agora, passa a responder também por envolvimento direto em um episódio ocorrido em 21 de junho, durante uma operação policial no Complexo da Penha, na Zona Norte da capital.

Segundo o MPRJ, após a apreensão de um menor suspeito de tráfico e roubo, Oruam e outros homens teriam atirado pedras — uma delas pesando quase 5 kg — contra os agentes, a partir da varanda de sua residência, a cerca de 4,5 metros de altura. Um policial foi atingido nas costas, e outro precisou se abrigar atrás da viatura. O Ministério Público sustenta que houve dolo eventual, ou seja, os acusados assumiram o risco de provocar a morte.

Imagens ainda mostram o cantor desferindo socos em uma viatura policial momentos antes da retirada dos agentes. A Promotoria também afirma que ele incitou violência contra a polícia em publicações nas redes sociais. Esses fatores agravam a denúncia, que passa a considerar motivo torpe, meio cruel e crime contra agentes em serviço — o que pode enquadrar o caso na Lei dos Crimes Hediondos.

Oruam ficou algumas horas foragido, mas se entregou à polícia em 22 de junho. Com a nova acusação aceita, foi expedido mais um mandado de prisão preventiva contra o artista.

Além da tentativa de homicídio, ele também responde pelos crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico, resistência qualificada, desacato, dano qualificado, ameaça e lesão corporal. A defesa do rapper nega todas as acusações.

Reprodução Internet

Deixe um comentário