
Desde pequenos, muitos de nós nos acostumamos a participar da missa dominical, mas, com o tempo, corremos o risco de esquecer o real significado do que celebramos. A Eucaristia pode acabar sendo vista apenas como um momento de oração coletiva e devoção — o que enfraquece sua verdadeira essência.
A Eucaristia é, acima de tudo, a expressão mais profunda da aliança eterna entre Deus e o ser humano. Ele quis estar unido para sempre à sua criação, encontrando um modo de tornar-se visivelmente presente por meio do pão e do vinho. Na Primeira Carta aos Coríntios, São Paulo nos lembra que essa aliança se concretiza no sangue derramado de Cristo, que nos traz o perdão e nos santifica. O pão, seu corpo, é repartido entre os irmãos como alimento de unidade: “Porque há um só pão, nós todos somos um só corpo, pois todos participamos desse único pão.” (1Cor 10,17)
Por isso, assim como a Igreja celebra a Eucaristia, a Eucaristia também edifica a Igreja. Não se pode separar o Corpo de Cristo presente na Eucaristia do corpo eclesial, que é a comunidade dos fiéis.
Celebrar a Eucaristia é mais do que relembrar a Última Ceia e a morte de Jesus. É tornar presente, aqui e agora, seu sacrifício redentor. É viver a comunhão, a partilha fraterna e a esperança de sua vinda gloriosa.
Comungar o Corpo e o Sangue do Senhor é assumir um compromisso com a partilha — não apenas do pão material, mas da própria vida, como Jesus fez e continua fazendo. Viver a Eucaristia é assumir responsabilidade pelo próximo.
Que nossos dias sejam guiados pelo exemplo de Cristo: sua entrega total pelo bem dos outros, sem medo de sacrifícios, sem reservas na partilha. Que a comunhão eucarística seja inspiração e reflexo da generosidade em nossa mesa, em nossos dons, e em toda nossa existência.
Fonte: Vatican News
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